3/13/2011

Poema incidental sobre uma confissão em um hotel de curta permanência.


NÃO SOU MULHER PRÁ
NINGUÉM


Reconheço a dureza que
trago,

nos olhos, na voz, nas
mãos.

Sei tudo que me torna,
estrago,

nas vidas, nos corpos, nas
mulheres.

Percebo a rudeza que
mostro,

n'alma, no canto, na
música.

Enxergo meu volúvel
caráter,

nos leitos, nos suores, nas
despedidas.

Traio, engano,
minto,

sinto tudo aquilo que
sinto.

O prazer que dou tem
custo:

A certeza que não
vingará.

Atravesso noites e
seres,

sem me envolver no
assunto.

Porto uma grande
certeza:

Não sou mulher para
ninguém.

3/07/2011

O SONHO DE LUCIENE


O sonho de nossa "heroína"
é fazer sucesso com sua arte.
Mas na realidade mesmo,
ela queria uma rede de padarias.

1/24/2011

Luciene e suas cordas vocais.



Baixos Teores

Comprei cigarros leves,
para as cordas pesadas,
de Luciene.

Luciene quer cantar perfeito,
agregar maior valor,
levar ao povo um pouco do todo.

Luciene quer a voz limpa,
cigarros pesados não mais,
melhor não existir cigarro nenhum.

Comprei cigarros diferenciados,
com forma e conceito francês,
prá ver se Luciene reduz.

Bastonete nicotínicos com grife,
prá ver se Luciene encorpora,
Quartie Latin e Rousseau.

Luz há em seus neurônios,
falta, talvez, prática e métrica,
embora Luciene seja a Pessoa.

Comprei cigarros...
Melhor não os comprasse.


1/23/2011

Luciene e a gente.



A gente se dá bem.
Independente da chuva
ou das pedras no caminho.
Falamos mais que ouvimos,
embora a comunicação seja telepática,
deciframos signos,
absorvemos sistemas,
exalamos ideias.

A gente se dá bem.
Independente da noite
ou dos wiskes no estrela.
Pensamos mais que ousamos,
embora a sensação seja epidérmica,
desvendamos mitos,
purificamos pessoas,
amamos simplesmente.

A gente se dá bem.